O genocidio judaico de Lisboa de 1506, foi algo extremamente marcante não só para a antiga comunidade judaica portuguesa, mas também para Portugal enquanto nação, uma vez que com este terrivel acontecimento, perdeu aqueles que na realidade sustentavam a economia do pais, os descobrimentos, e toda uma classe de intelectuais, comerciantes, médicos, e variadissimas outras profissões, sem os quais tudo se tornou mais dificil, iniciando assim o declinio do Império Português que viria a confirma-se com a chegada da Inquisição em 1536.
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A história do genocidio judaico de Lisboa de 1506, começa no seguimento da expulsão dos judeus em 1492 por parte dos reis católicos em Espanha, sendo que a fuga, trouxe-os para Portugal onde prosperaram e fizeram prosperar o país, apesar de pagarem mais impostos, serem forçados ao batizo e conversão católica, tornando-se cristãos-novos e adaptando os nomes e comportamentos às circusntancias a que estavam obrigados.
No entanto, e sendo provavelmente a página mais negra da história de Portugal, aconteceu poucos anos depois o genocidio judaico iniciado a 19 de abril de 1506.
Durante a carnificina, uma multidão perseguiu e matou milhares de judeus (mais de 4000 segundo o relato contemporâneo de Garcia de Resende, ) acusados de serem a causa da seca, fome e peste que assolavam o país.
Com o Rei ausente, homens mulheres e crianças foram torturados, massacrados e queimados em fogueiras improvisadas junto ao largo de São Domingos no Rossio em Lisboa. A matança durou três dias, de 19 a 21 de Abril, na Semana Santa de 1506.
D. Manuel precisava desta comunidade pois deles dependia em grande parte a economia do país, pelo que, regressado a Lisboa, castigou exemplarmente os culpados de tal carnificina.
O Império começou a desmoronar-se por dentro, apesar dos esforços do rei para de algum modo compensar aqueles que sobreviveram ao massacre.
