Páscoa Pedro e Pilatos

Páscoa Pedro e Pilatos

Na Páscoa Pedro e Pilatos são duas das pessoas envolvidas no julgamento e crucificação de Jesus por motivos bem distintos. Um, crente, acabou por trair o seu Senhor e arrependeu-se. O outro, mandou-o crucificar para se ver livre de problemas e não se arrependeu.

Série da Páscoa - PEDRO e PILATOS
Páscoa Pedro e Pilatos

Durante a Páscoa Pedro e Pilatos foram dois intervenientes importantes mas Pedro, acabou por concluir que não era o fim, mas sim o principio. Lucas escreve sobre a Última Ceia, bem como sobre a prisão, o julgamento, a crucificação, a morte e o enterro de Jesus em apenas dois capítulos. Ele escreve sobre esses acontecimentos numa linguagem bastante concisa e não fornece muitos pormenores; pode ler os dois capítulos em menos de dez minutos.

Terá de ler os relatos dos outros Evangelhos para obter uma descrição muito mais completa do que aconteceu naquelas vinte e quatro horas. Sem dar um tempo cronológico exato, Lucas faz um aviso prévio da morte de Jesus, contando o acordo de Judas para trair Jesus aos líderes judeus. Lucas não deixa claro se a traição aconteceu porque Satanás entrou em Judas ou por causa do pagamento de dinheiro, ou por ambos.

Lucas descreve apenas brevemente a Última Ceia e algumas das conversas de Jesus. É preciso ler o relato de João para se ter uma ideia dos acontecimentos importantes que tiveram lugar nessa altura. Pedro foi provavelmente uma das fontes de informação de Lucas sobre o que aconteceu na noite da prisão de Jesus. Talvez seja por isso que Lucas inclui a profecia de Jesus sobre a negação de Jesus por Pedro e o posterior cumprimento dessa profecia. No entanto, Lucas não identifica Pedro como a pessoa que cortou a orelha de Malco, como fez João.

Páscoa Pedro e Pilatos

Ao longo da história, Pilatos tem sido vilipendiado ou exonerado das suas acções que resultaram na crucificação de Jesus. Era, sem dúvida, um homem violento, mas será que era mau ou estava apenas a fazer o seu trabalho como funcionário romano? Os líderes judeus sabiam que poderiam acabar com a carreira de Pilatos se provocassem um motim suficientemente grande, pelo que o seu desejo de manter a sua posição e de fazer um bom trabalho foram suficientes para o levar a pôr fim à vida de Jesus. É tentador pensar na crucificação de Jesus como um acontecimento especial. De facto, a crucificação era uma pena capital comum aos romanos, persas, cartagineses e outras culturas, frequentemente utilizada para punir agitadores políticos ou religiosos, piratas e escravos. A título de exemplo, na sequência da rebelião de escravos liderada por Spartacus, cerca de 11 000 escravos revoltosos foram crucificados pelos generais romanos Crassus e Pompeu.